quinta-feira, 10 de dezembro de 2015



06/12/2015 Almeida Neto

"homenagem a um grade irmão e amigo
a um sobrinho querido que Deus me deu de presente!"

E assim é Almeida Neto
um amigo de verdade
de profissão moto táxi
um Homem bom e honesto

Na sexualidade e no resto
ele é mui bem resolvido
garoto bom e amigo
quem falar mau eu contesto

Não só porque vi nascer
e esta presente em partida
por esta na despedida
ver seu corpo perecer

Há tristeza em minh'alma
e á divido com todos
mas Deus nos dá um consolo
e é isso que nos acalma

É que a morte não é o fim!
é simplesmente o começo
dá segmento ao contexto
só nos separa daqui

A sua ausência é que é foda
nos mata sangra maltrata
e se a saudade nos mata
sua historia nos conforta

Seus momentos de alegria
de gargalhada inigual
nada dentro do normal
era assim que preferia

A infância adolescência
o adulto o moto táxi
o amigo de verdade
se resumiam em Almeida

Das cachaças, brincadeiras
do trabalho e em convívio
ficaram grandes momentos
e agora lhes dispenso o meu agradecimento

Então agradeço a Deus
tudo aquilo que vivi
sei que fui muito feliz
e lhes deixo então meu adeus

Eu sei que é por pouco tempo
pois logo me encontrarei
frente a frente com vocês
bem além do firmamento

Não era pra ser assim, mas beber e dirigir
é guiar em contra mão, é ir contra a própria sorte
é não amar a própria vida e ser a favor da morte
é deixar tudo pra lá, não persistir, desistir

E aqui fica meu concelho
tomem isso como exemplo
um triste acontecimento
que lhes sirvam como espelho


Silvio Romero Barbosa Leite

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

HERANÇA...VITALÍCIA
E a vida aqui é assim
dez pra mim, um pra tu
um pra tu, dez pra mim
pra ser um bom Brasileiro
tem que aprender contar
logo cedo e ser esperto
diz um dito popular
tem que enganar o próximo
aprender ludibriar
vejam que belo exemplo
a classe politica nos dar
é um mais esperto que o outro
e tudo só sobra pro povo
que só faz roer o osso
e tem que se conformar
É dez pra mim, um pra tu
e um pra tu, dez pra mim
se o pai só conta assim
o filho já vem formado
na hora quele é gerado
ele já aprende a contar
já vem com anel no dedo
já nasce pós graduado
PHD, doutorado na arte de enganar....

SÍLVIO ROMERO BARBOSA LEITE

sábado, 21 de novembro de 2015

ESPELHOS DA ALMA
E vi então meu reflexo
Embaçado, turvado
Um corpo meio desnudo
No espelho dos teus olhos
Que refletiam tristezas
Marejados em utopias
Relembrando as agonias
De um dia não tão distante
Pois nada é mais como antes
Um sonho se fez passado
E pro futuro existe um muro
Que tem que ser derrubado
O medo se faz presente
E é constante a pergunta
Em crescimento eloquente
O que há do outro lado?
Janelas de nossas almas
Refletem puras certezas
Nos olhos não há mentiras
Independe de beleza
O medo, se há coragem
Alegria, falsidade
O amor a empatia
Nos olhos se faz verdade
E vi então Teu reflexo
Embaçado, turvado
Um corpo meio desnudo
Que atormentava Minh'alma.
SÍLVIO ROMERO BARBOSA LEITE
SEPARAÇÃO...,
Eu queria está presente
nas grandes dificuldades
mas sei que da sua vida 
eu não sei nem da metade
Lembro do seu nascimento
me lembro a maternidade
a paz de você dormindo
trazia tranquilidade
me lembro do pesadelo
que foi a separação
a distancia criou barreiras
desafeto, frustração..
.
Vergonha, arrependimento
lamento, introspecção
revolta e desespero
sem falar na solidão
de repente tudo muda
e nada é mais presente
a sua falta me fazia
me sentir incompetente
só quero que você saiba
que passem cem anos ou mais
a onde quer que esteja
eu sempre vou ser seu pai....
SÍLVIO ROMERO BARBOSA LEITE

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

O QUE SE TEM PRO AGORA


Como resumir a vida
que se vive por aqui?
para uns é só nascer
sem ter sorte de crescer
para outros é estudar
sem ter onde trabalhar
com um pouco de sorte
se arranja um lugar
numa calçada pra mode negociar
já dizia Teles júnior um artista do lugar
que as melhores coisas da vida
você pode acreditar
era se ta cansado, dormir
se beber água, mijar
se comer cagar molinho
para nem força botar
pois quando o bicho sai grosso
o suor pinga do rosto
e a veia do pescoço é capaz de estourar
mais voltando pro assunto
como é viver por aqui
é viver só desengano
é não ter sonhos nem planos
nem presente nem futuro
e só o passado nos resta
ai me sinto orgulhoso
sou cidadão Palmarense
sou da terra dos poetas!


SILVIO ROMERO BARBOSA LEITE

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

CELECINA GIZELLI PIANISTA A FLOR DA PELE...

Valsas, tangos, modinhas
Embalavam a vida dessa menina
Ritmadas, compassadas
Pelas mãos de Celecina

Pianista formada ainda criança
Celecina Gizelle
Tem o amor pela música e a família
A flor da pele

Como presente um piano
E assim foram por mais de oitenta anos
Como fiel escudeiro
O seu primeiro companheiro

Ainda na mocidade
Lhe veio de presente Heitor
Dado por Deus em verdade
E dividiu-lhe o amor

E o amor de Celecina
Agora se dividira por onze
Um piano, o Esposo e Nove
 É,  Nove filhos mais que amados
 
Mas hoje seu piano se cala
Saudade seria a valsa tocada
Hoje ele se torna metade
Pois partiu aquela que o completava


Pois o piano e Celecina
Agora eram só um
E hoje se calam
As valsas, tangos, modinhas
Que eram embaladas
Ritmadas, compassadas
Pelas mãos de Celecina


VAI COM DEUS CELECINA GIZELLI, GRANDE ESPOSA, MÃE E MUSICISTA, GRANDE MULHER PALMARENSE...

POR: SÍLVIO ROMERO BARBOSA LEITE.






sábado, 25 de julho de 2015

Analogia do Destino

Eu nasci de uma barriga
Que nunca me quis por perto
Me deixou no hospital
Para ela nunca importou
Se eu estava bem ou mau

Quando ainda tinha dias
Fui deixado num abrigo
Eu não sabia o porque
Me colocavam no braço
Mas ninguém ficava comigo

Quando tinha cinco anos
Mudei para outro orfanato
Eu já tinha um registro
O meu nome, José Cicero
Pai e mãe desconhecidos

E lá pros meus sete anos
Eu conheci um casal
O casal me adotou
Eles eram enfermeiros
Daquele mesmo hospital

Daquele dia em diante
Eu recebi tanto amor
Dos pais que me adotaram
Que nem me lembrava mais
Do que passei no orfanato

 E quando eu tinha quinze anos
Então eles me chamaram
Para contar minha história
Da luta pra me encontrar
E porque me adotaram

Me prepararam bastante
Para o que eu ia escutar
Era uma história bem longa
Ruim de compreender
Difícil de explicar...

Por que minha mãe me deixou
E agora nesse momento
Tudo vinha em minha mente
Já estava enlouquecendo
E meus pais em minha frente...

Eles estavam nervosos
Mais nervosos do que eu
Jamais iria deixa-los
Mais eu queria saber
Porque fui abandonado

Então ela começou, filho antes de tudo
Que iremos te contar quero que saiba
Que te amamos e nunca esteve em nossos planos
Um dia te adotar, mais foi o que Deus queria
E nos fez naquele dia jurar que te encontraria

 Sua mãe não tinha parente para essas bandas de cá
Estava com nove meses e sofreu um acidente
Ela foi atropela por um bêbado no volante
Já chegou em agonia, nenhum documento tinha
Nem o seu nome eu sabia e sua dor era constante

Mas antes dela partir ela me pediu chorando
Para cuidar de você, mas eu já era casada
E tinha que esperar a decisão de seu pai
O dinheiro era pouco pra cuidar de uma criança
Nossa vida era trabalho e não tínhamos quase nada...

Só que em meio dessa indecisão da gente
A assistente social lhe levou para um orfanato
Mas nós corremos atrás e arranjamos outros trabalhos
Se passaram sete anos até nos reencontrarmos
Tudo ficou mais difícil era grande o compromisso com trabalho e os horários

Amamos você meu filho, somos pobres mais honestos
Você é um bom menino e o que a gente queria, era poder lhe dar o melhor
Aquilo que não tivemos, e ainda seria pouco hoje o seu pai ficou louco
Sei só o amor não basta e agente sempre quis o melhor para você
E agora vou lhe explicar qual é a nossa aflição espero que escolha o melhor...

Ontem seu pai descobriu que sua mãe biológica
Tem família e muito rica ele viu num jornal antigo
De dezesseis anos atrás que estava indo para o lixo
Nele tinha uma matéria, filha de milionário está desaparecida
Tinha a foto de seus avós chorando desesperados, o que eu faço com isso

 Pensou seu pai muito aflito ele tinha que pensar como íamos lhe dizer
Está chorando no quarto enquanto eu estou aqui lhe explicando tudo isso
Estou morrendo de medo de você não entender
Filho você nos desculpe mas tínhamos que te dizer
Essa é a sua vida, você tem todo o direito de saber quem é você

Eu tomei a liberdade de ligar para o seu avô, ver o que ele ia dizer
Ele marcou um encontro e me pediu uma foto para ele poder lhe ver
Pegou na foto tremendo chorou muito, soluçava e disse desesperado
Ele tem tudo dela, os cabelos, o olhar, o jeitinho de sorrir, ele é o meu presente
Quero ele perto de mim, você cuidou do meu neto como posso lhe agradecer

E me pediu um encontro, seu avô quer ver você e agora estou com medo...
E depois de quinze anos lá ia eu morrendo de medo, curiosidade, desejo...
Minha alma ria por dentro só esperando o momento de abraçar meu avô
Cheguei meio inibido pois eu nunca tinha visto uma casa assim tão grande
Quando ele me viu sentou-se me olhou dos pés à cabeça aí veio e me abraçou

Minha vó veio em seguida, me beijava e chorava, ela nos deixou você
Era só o que dizia, sua mãe era minha vida, pensou que iria ser castigada naquele instante
Só porque estava grávida por isso saiu de casa ainda com quatro meses
Ela desapareceu pensamos que era sequestro ficamos sem entender nada
Pois não pediram resgate, e ninguém imaginava que ela estivesse gestante

Durante todo o tempo o meu avô continuou em pleno silêncio, ele só me observava
E depois que todo mundo voltou ao seu normal aí chegou a hora que eu já esperava
O quanto eu era amado eu já sabia, mas agora ser presente, dadiva e outros adjetivos
Lhes digo sinceramente nunca pensei nesse mundo ser um dia tão querido
E agora é chegada a hora, me digam o que você faria, sendo você em meu lugar escutando este pedido

 Meu filho, meu netinho, sei como foi criado e sei também do carinho
Das horas de sono que passaram estando preocupados quando você adoecia
Da frustração do não poder, mas querer lhe oferecer sempre o que nunca tiveram
E sei também da dor que seus pais sentiam quando não podiam dar o brinquedo que pedia
E sei também de todo amor incondicional que eles lhe deram...

Mas nós dois já estamos velhos e tudo que temos agora é seu
Peço que venha morar conosco para que fiquemos mais perto
E senti que meu avô foi ficando meio tremulo e seus olhos encheram d'água
Intendi que a vida deles se transformara em deserto
E eu agora seria o regador para regar suas magoas

E depois de muito pensar eu pude analisar que esse era o meu futuro
Sei que o sofrimento veio para que eu pudesse dar valor a cada momento vivido
E que agora já era um homem e já se foram as velhas coisas de menino
Mas uma coisa doía, ardia o peito, como iria explicar o que havia decidido
Meus avós, meus pais, como iriam reagir ao que iria decidir a respeito do meu destino

Então olhei pro meu vô e disse, não posso deixar os meus pais
Foram eles que me formaram, foram eles quem lutaram e me guiaram até agora
E disse para os meus pais, não sei se vão me entender, mas não dá pra perder mais tempo
Pelo esforço de vocês encontrei os meus avós e agora chegou a hora
De agora retribuir a vocês todo amor que me deram estando em cada momento

E agora seremos uma família, vocês são a minha vida...

E você o que faria, que escolha, que final isso teria
Como é que terminaria a minha história bem agora
E se você fosse eu o que é que você faria????

Podem deixar comentários e me ajudar a escrever o final dessa história...


Silvio Romero Barbosa Leite


terça-feira, 14 de julho de 2015

Caminhoneiro


Pai de família, olhar cansado
Para-brisas é seu escudo
A boleia a armadura
De um corpo fadigado

Na estrada a esperança
Em cada curva uma historia
Em cada posto a solidão
Amiga de todas as horas

Ainda de madrugada
Bate pneus, pé na estrada
O único destino certo
É o endereço da carga

Mas logo volta pra casa
E chega quase a noitinha
E beija a esposa, abraça os filhos
E de manhã, é pé na estrada...

No caminhão dois gigantes
um lá fora outro guiando
e um coração apertado
por todos que vai deixando

Mas tens que ir pra estrada
e seus pneus embolar
pois se um dia parares 
e deixares de rodar, o Brasil para



Silvio Romero Barbosa Leite






sexta-feira, 29 de maio de 2015



O AMOR E O ESPINHO...


Desde muito sei o que é ser gaiola e passarinho
definir o que é prisão e dentro de mim ser sozinho
saber o que é liberdade voar por ai sem ter ninho
sempre soube quem era a rosa o que era o espinho
nunca tive medo de me ferir e nem da dor
ou do prazer que sentiria ao toca-la
as pétalas com  a pele de cor avermelhada
ou os espinhos na rosa que me ferira
sei por ela eu daria a própria vida
só para ouvir de sua boca que me amava
se me feristes na vida valeu o risco
se me amastes também valeu a sorte
fique sabendo que enfrentava a própria morte
só para ouvir da tua boca tais palavras
com a mesma boca que me amando me cuspia
com a mesma boca que amando me beijava
e em teu corpo me prendi, encontrei ninho
não mais sofri quando entendi que te amava....

Sílvio Romero Barbosa Leite









quinta-feira, 28 de maio de 2015

ÓRFÃO

Naquele dia fatídico
o mundo todo nublou
cinco e trinta da manhã
a minha mãe nos deixou

Recebi a ligação
a mais triste em minha vida
minha mãe tinha partido
e sem haver despedida

Num leito de hospital
tava bem acompanhada
estava com minha esposa
uma filha que ela amava

Minha mãe se foi dormindo
no sono de uma criança
memórias não tinha mais
quase nenhuma esperança

Ficamos eu e meu pai
só tínhamos um ao outro
setembro mês do desgosto
e ela me ensinara agosto

Saudade todos os dias
chora triste a natureza
a alegria se divide e
se mistura com a tristeza

Com cinco anos depois 
chegou a vez do meu pai
ele já estava cansado
já não aguentava mais

A saudade de sua velha
sua eterna namorada
de quarenta e cinco anos
pois fim a sua jornada

Ele infartou de repente
não queria comer nada
depois veio a depressão
ficou ruim sair de casa

De casa pro hospital
seis AVCs, um tormento
então veio a UTI
em seguida meu lamento

Deus convocara o meu pai
para ir naquele dia 
se encontrar com minha mãe
nos campos celestiais

E eu fiquei por aqui
saudade mora em quem sente
distancia só é medida
pela dor que a gente sente

E hoje eu tenho seis filhos
uma mulher muito amada
minha companheira fiel
ate o fim da jornada...


Sílvio Romero Barbosa Leite

quinta-feira, 14 de maio de 2015

ROSAS E SERTÃO


As rosas em meu jardim
Murcharam por sequidão
Bem assim é o amor
Sem regar virou sertão
Distancia virou saudade
Ser um só é solidão
Pra ser dois tem que ter outro
Pra viver tem que amar
Não basta só suportar
Ter amor sem cativar
É render-se ao perdedor
E quem vive pro seu amor
Vai pra sempre ser amado
Pois viver é uma troca
Você dar o que recebe
E devolve o que lhe é dado...




SILVIO ROMERO BARBOSA LEITE

quarta-feira, 13 de maio de 2015

SEXA...GENÁRIO


Lá pra depois dos sessenta
pra viver não tem segredo
É só se ter língua e dedo
e nem precisa enxerga
pois aquele bicho bom
ou raspado ou com cabelo
se encontra pelo cheiro...



SILVIO ROMERO BARBOSA LEITE


HÁ VIDA, EM UM...

Está cada vez mais difícil
Está tudo escuro, em negrito
Está impossível te ver
Neblina densa na estrada
Tenho medo de perder
Conversar é coisa rara
E esse medo não para
Não quero perder você
Ficar, quase não existe
Quero que saiba, te amo
Que sempre esteve em meus planos
Que pena, não estou nos teus
Pois o tempo que nos separa
Torna cada vez mais rara
Nossa vida abstrata
Relação posta à prova
E o que não se renova
A tendência é envelhecer
Após isso vem a morte
Por isso peço a você
Pelo nada que represento
Mas por tudo que nós temos
Não deixe esse amor morrer



SILVIO ROMERO BABOSA LEITE

domingo, 10 de maio de 2015

FELIZ DIA DAS MÃES...
( E QUE O SENHOR DEUS ABENÇOE A TODAS )

Prostituta ou a mais pura
pode ser juíza ou domestica
ser gari ou até medica
professora até doutora
na verdade nada importa
de verdade só és mãe
Mãe que hoje me falta
e quanta falta me faz
teus abraços e conselhos
os teus beijos, o teus cheiros
das palmadas mais enérgicas
dos carinhos do amor que tu me davas
e só tu me davas... que saudade...
dos bons dias...dos ruins
e você era por mim
em qual quer hora que fosse
grande é a alegria poder
beija-la em seu dia
 

OS MEUS PARABÉNS A TODAS MÃES
SEJAM DO FACE OU NÃO
MIL BEIJOS EM SEU CORAÇÃO
POIS BEIJO HÁ CADA MÃEZINHA
COMO SE BEIJA-SE A MINHA...


SILVIO ROMERO BARBOSA LEITE
 
HOJE EM DIA...

Tenho agora,
o rosto molhado por lágrimas
saudade que me maltrata
preenche o meu coração
invade até minha alma
e a vida quase sem graça
me escorre por entre as mãos
e viver se fez lamento
que pena só hoje atento
pra o que ficou no passado
nos cuidados de minha mãe
do meu pai sempre apressado
não deixar nada faltar
e me deixar seu legado
sua herança, a poesia
transformei em desabafo
e hoje sinto alegria
no que resta de meus dias
e no que restou do passado.


Silvio Romero Barbosa Leite

sexta-feira, 24 de abril de 2015

LUANA BENTO

Encheu minha alma de alegria
Meu espirito transborda poesia
Inundou minha vida de beleza
Essa é para você princesa

Que me completa o ser
Somos um só, eu e você
Se me deixares sou só metade
A minha vida em tempestade

Amar é sofrer!
Eu desconheço este bordão
Pois sei que seu coração
Sempre vai me proteger

E sempre estarei contigo
E seremos sempre nós
Fora e embaixo dos lençóis
Serei seu melhor amigo


SILVIO ROMERO BARBOSA LEITE

quarta-feira, 22 de abril de 2015

HISTÓRIA DO BRASI


Eu vô falá um pouquinho
De um lugá bem distante
Que se chama Portugá
Que existe muito longe
Bem pra lá do além mar

Essa era uma história
Contada por meu avô
Que ele escutô um dia
Da boca dum viajante
Que nas suas horas vaga
Também era professô

Esse povo viajô
Do ôtro lado pra cá
Cum essa discupa infame
Que se perderu no mar
e discubriru o Brasí
Mas que tavão interessado
Nas coisa qui tinha aqui

Quando eles imbarcava
Ainda do lado de lá
Tudo que num prestava
Eles mandava pra cá
Quarqué tipo de ladrão
Mafasejo, marginá

Foi um bucado de dia
Que eles passaro no má
Dentro de três caravela
Primêro a Santa Maria
Pinta era a segunda
E a tercera uma tá de nina

Quando eles disimbarcaro
Tudinho se ispantô, cum as beleza originá
Vista aqui desse lugá
Levantaro um altá
Ali fizero uma missa
E cumeçaro e rezá

E eu acho que é por isso
Que o povo diz
Que a casa de Deus
É aqui fincada nesse lugá
De povo hospitalero
E que trata estrangero 
Como se fosse de cá

Mais vamo vortá pru assunto
Que a história é muito grande
E difice de se contá
A verdade é que esse povo
Bem intencionado
Veio pra cá pra foi robá

O nome do comandante
Que veio nas caravela
Era um tá de Cabrá
E o do frei que rezô
Aqui a primera missa
Era um tá de Henrique
Soares de Coimbra

Teve ainda o Camarada
Que fez a primera carta
Do Brasí pra Portugá
Ele escrevia falando
Das beleza do lugá
Também as dificuldade
Que encontraro por cá

Eita nomezin da gota
Difice de se lembra
A agora eu me lembrei
Era Pero Vaz de caminha
Não sei se ele caminhava
Só sei que escrevinhava
Tudo que acontecia

As vez fico pensando
O que é que ele botava
Nas carta que ele fazia
Pra o Rei a Majestade
Da corte de Portugá
Eu acho que escrevinhava
Do povo que encontraro aqui
Das índia sem porta seio
Dos papagai dos canaro
De tudo que tinha aqui
E da língua que eles falava
Que era o tupy guarany

E depois de pouco tempo
Começaram a levar tudo
Pois o ladrão entra mais fácil
Na casa que não tem muro
Levaram madeiras nobres
O cedro, o Pau Brasil
Levaram as pedras, o ouro
E ainda o maior tesouro
Eu falo da inocência
De um povo puro e gentil

Essa história eu comecei
Só pra tenta explicá
O que ta acontecendo
Hoje pras bandas de cá
Meu Brasil vive doente
De tanto que aprendeu
Com o povo de Portugá.

É roubo das grande impresa
Nos imposto da nação
A CPI dos correio
Mensalinho e mensalão
O dinheiro nas cueca
E a fome no sertão

O dinheiro tá sobrando
Só nos bolso dos ladrão
E o povo abandonado
Tá passando privação
Só vivendo de esmola
Com vale gás, bolsa escola
Com bolsa alimentação
É assim que o político
Engana toda  nação

É triste vê meu Brasil
Se dividino em três lado
O rico sempre por cima
E o pobre sempre por baixo
E os ladrões espalhados
Por dentro das prefeitura
Nas câmaras e no senado

Eu acho que ainda existe
No meio dessa nação
Muito político valente
Que tem pena dessa gente
Cumpridô dos seu dever e da constituição
Tem muito, mas muito pouco
Político honesto, é um louco
Tá vendo a hora morrer
Se um ladrão lhe descobre
Por ser honesto ele morre
Pru desonesto comer
E a política no Brasil
É uma coisa engraçada
O camarada entra nela
Muitas vez inte sem nada
Quando vê tá com uma moto
Um Carro novo inportado
Casa na beira mar
                                                  Isso quando ele é fraquinho
E começa devagar
                                                               Por que quando já é rico
Ele bota pra lascar
Seu cofre no estrangero
Fica cum tanto dinheiro
Que é capaz de estourar

                                                                    Sílvio Romero Barbosa Leite
MAQUINA DO TEMPO

(HOMENAGEM AO MEU CUNHADO E AMIGO
“FELIPE CARLOS DE LIMA” O GALO)

Hoje voltei ao passado
E por causa da audiência
Voltei aquela noite fatídica
A qual o meu cunhado
Felipe (O GALO) foi assassinado

E se tornou engraçado
Como as coisas acontecem
Vajam só vocês minha tamanha surpresa
Os que eram três, ficou um
Só para o cara entrar com legitima defesa

A legitima defesa é dada
Por golpe de pura sorte
Pois com um golpe só
O agredido tem que ferir
O seu agressor de morte

Mas só que no caso do GALO
Foi um pouco diferente
Ele foi espancado por três
E depois de estar no chão
E ser imobilizado então foi esfaqueado pra ciência de vocês

Foram usados como armas
Uma chibanca, um cavalete
Que na hora foi quebrado e transformado em porrete
Usaram outro instrumento que dilacerou-lhe a mão
E por final a triste faca, foi usada por dez vezes

Dez facadas pelas costas
E mais o espancamento
Cabeça, face, pernas, braços
Isso foi tudo espancado pra ele não levantar
Caiu de cara pro chão e assim cumpriram o juramento

Já estava determinado
O GALO iria morrer
Se subir a antiga zona
Aquele doido vai ver
É hoje que ele morre!

E assim eles cumpriram
Mataram covardemente
Calou-se então as alfais
Silenciou-se o berimbau
E acabou-se O GALO o grande amigo da gente.

Calaram-se os atabaques
Caxixe ficou parado
Paralisou capoeira
E o luto pelo Felipe
Foi assim dessa maneira.


SILVIO ROMERO BARBOSA LEITE