MAQUINA DO TEMPO
(HOMENAGEM AO MEU CUNHADO E AMIGO
“FELIPE CARLOS DE LIMA” O GALO)
Hoje voltei ao passado
E por causa da audiência
Voltei aquela noite fatídica
A qual o meu cunhado
Felipe (O GALO) foi assassinado
E se tornou engraçado
Como as coisas acontecem
Vajam só vocês minha tamanha surpresa
Os que eram três, ficou um
Só para o cara entrar com legitima defesa
A legitima defesa é dada
Por golpe de pura sorte
Pois com um golpe só
O agredido tem que ferir
O seu agressor de morte
Mas só que no caso do GALO
Foi um pouco diferente
Ele foi espancado por três
E depois de estar no chão
E ser imobilizado então foi esfaqueado pra ciência de vocês
Foram usados como armas
Uma chibanca, um cavalete
Que na hora foi quebrado e transformado em porrete
Usaram outro instrumento que dilacerou-lhe a mão
E por final a triste faca, foi usada por dez vezes
Dez facadas pelas costas
E mais o espancamento
Cabeça, face, pernas, braços
Isso foi tudo espancado pra ele não levantar
Caiu de cara pro chão e assim cumpriram o juramento
Já estava determinado
O GALO iria morrer
Se subir a antiga zona
Aquele doido vai ver
É hoje que ele morre!
E assim eles cumpriram
Mataram covardemente
Calou-se então as alfais
Silenciou-se o berimbau
E acabou-se O GALO o grande amigo da gente.
Calaram-se os atabaques
Caxixe ficou parado
Paralisou capoeira
E o luto pelo Felipe
Foi assim dessa maneira.
SILVIO ROMERO BARBOSA LEITE
Nenhum comentário:
Postar um comentário