quarta-feira, 22 de abril de 2015

HISTÓRIA DO BRASI


Eu vô falá um pouquinho
De um lugá bem distante
Que se chama Portugá
Que existe muito longe
Bem pra lá do além mar

Essa era uma história
Contada por meu avô
Que ele escutô um dia
Da boca dum viajante
Que nas suas horas vaga
Também era professô

Esse povo viajô
Do ôtro lado pra cá
Cum essa discupa infame
Que se perderu no mar
e discubriru o Brasí
Mas que tavão interessado
Nas coisa qui tinha aqui

Quando eles imbarcava
Ainda do lado de lá
Tudo que num prestava
Eles mandava pra cá
Quarqué tipo de ladrão
Mafasejo, marginá

Foi um bucado de dia
Que eles passaro no má
Dentro de três caravela
Primêro a Santa Maria
Pinta era a segunda
E a tercera uma tá de nina

Quando eles disimbarcaro
Tudinho se ispantô, cum as beleza originá
Vista aqui desse lugá
Levantaro um altá
Ali fizero uma missa
E cumeçaro e rezá

E eu acho que é por isso
Que o povo diz
Que a casa de Deus
É aqui fincada nesse lugá
De povo hospitalero
E que trata estrangero 
Como se fosse de cá

Mais vamo vortá pru assunto
Que a história é muito grande
E difice de se contá
A verdade é que esse povo
Bem intencionado
Veio pra cá pra foi robá

O nome do comandante
Que veio nas caravela
Era um tá de Cabrá
E o do frei que rezô
Aqui a primera missa
Era um tá de Henrique
Soares de Coimbra

Teve ainda o Camarada
Que fez a primera carta
Do Brasí pra Portugá
Ele escrevia falando
Das beleza do lugá
Também as dificuldade
Que encontraro por cá

Eita nomezin da gota
Difice de se lembra
A agora eu me lembrei
Era Pero Vaz de caminha
Não sei se ele caminhava
Só sei que escrevinhava
Tudo que acontecia

As vez fico pensando
O que é que ele botava
Nas carta que ele fazia
Pra o Rei a Majestade
Da corte de Portugá
Eu acho que escrevinhava
Do povo que encontraro aqui
Das índia sem porta seio
Dos papagai dos canaro
De tudo que tinha aqui
E da língua que eles falava
Que era o tupy guarany

E depois de pouco tempo
Começaram a levar tudo
Pois o ladrão entra mais fácil
Na casa que não tem muro
Levaram madeiras nobres
O cedro, o Pau Brasil
Levaram as pedras, o ouro
E ainda o maior tesouro
Eu falo da inocência
De um povo puro e gentil

Essa história eu comecei
Só pra tenta explicá
O que ta acontecendo
Hoje pras bandas de cá
Meu Brasil vive doente
De tanto que aprendeu
Com o povo de Portugá.

É roubo das grande impresa
Nos imposto da nação
A CPI dos correio
Mensalinho e mensalão
O dinheiro nas cueca
E a fome no sertão

O dinheiro tá sobrando
Só nos bolso dos ladrão
E o povo abandonado
Tá passando privação
Só vivendo de esmola
Com vale gás, bolsa escola
Com bolsa alimentação
É assim que o político
Engana toda  nação

É triste vê meu Brasil
Se dividino em três lado
O rico sempre por cima
E o pobre sempre por baixo
E os ladrões espalhados
Por dentro das prefeitura
Nas câmaras e no senado

Eu acho que ainda existe
No meio dessa nação
Muito político valente
Que tem pena dessa gente
Cumpridô dos seu dever e da constituição
Tem muito, mas muito pouco
Político honesto, é um louco
Tá vendo a hora morrer
Se um ladrão lhe descobre
Por ser honesto ele morre
Pru desonesto comer
E a política no Brasil
É uma coisa engraçada
O camarada entra nela
Muitas vez inte sem nada
Quando vê tá com uma moto
Um Carro novo inportado
Casa na beira mar
                                                  Isso quando ele é fraquinho
E começa devagar
                                                               Por que quando já é rico
Ele bota pra lascar
Seu cofre no estrangero
Fica cum tanto dinheiro
Que é capaz de estourar

                                                                    Sílvio Romero Barbosa Leite

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