O JUIZ....

Na praça da cidade de um iterior qualquer
Apareceu um mendigo muito magro e mal vestido
que dizia ser o Cristo
O filho do criador
E começou a pregar
E a falar em parabolas
Começou a juntar gente
E das palavras do velho
Tinha gente que zombava
E poucos levavam a serio
Dai chega um evangélico
Tava de Bíblia e terno
E gritou alto e severo
Isso é um falso profeta
Nisso ninguém acredita
É só mais um idiota
Se vestindo desse jeito
E ainda mais fedendo
Na igreja que eu congrego
Não passaria da porta
E o velho se calou
E olhando com um triste olhar
Olhou-o nos olhos e disse,
Logo você meu filho,
Que em suas orações
Me pedi pra lhe ajudar
E o câncer de sua esposa
Me implorou pra curar
E eu ouvi seu pedido
E ela hoje está bem
Voltou até a andar
Lembra a meses atrás
O carro desgovernado
O homem bebeu de mais
E eu te abracei meu filho
Puxei você para trás
Dai venho eu para terra
Venho alertar meu povo
Que não falta muito tempo
Para eu voltar denovo
E em frente a multidão
Me chama de mentiroso!
Não tem coisa nesse mundo
Que só quem sabe é a gente?
Pois bem, o velho falou de coisas
Que só o irmão sabia
O homem baixou a cabeça
Encheu os seus olhos d'água
E se foi, saindo envergonhado
E ao andar poucos metros
O velho grito de lá
Espere um pouco meu filho
Ainda não terminei
Pra você ter a certeza
De quem realmente eu sou,
Dai saiu de onde estava
E chegando perto do irmão
Lhe disse ao pé do ouvido
Diga lá ao seu pastor
Que eu nunca o abandonei
Que quando ele caiu
Bebeu e se prostituiu
Fui eu quem o levantei
E a seu filho thiago
Eu quero que você diga
Que já atendi seu pedindo
O homem baixou a cabeça e saiu,
No caminho foi pesando
Ainda sem acreditar
Como é que filho do Rei,
O próprio Jesus Cristo
Teria vindo a terra assim como um mendigo.
Chegou em casa sem jeito
E com o caso vivido
E ainda meio incrédulo
Pediu chorando ao seu filho
Que pelo o amor dos seus
Lhe dissesse ali agora
O que ele tava pedindo a Deus
Na hora em que ele ora
E o menino lhe disse
Tá bom meu pai isso e entre eu e Deus
Mas eu posso lhe dizer
Tenho pedido a Jesus
Que o senhor o enxergue
Como Ele é realmente
Sabendo que o meu Cristo
Ele pode ser quem quiser
Pode ser menino, menina
Pode ser homem, mulher
Pode ser um homem rico
Mas mesmo sendo um mendigo
Mal cheiroso e maltrapilho
Não deixa de Ser quem É
Meu pai porque Deus é Deus
E não por causa de um terno
Ou de um vestido comprido
Que a pessoa é ungido
Porque não importa as vestes
Ou o tamanho da Bíblia
Na verdade meu o cristo encinou
É que devemos amar todo mundo
Isso, velho, negro, branco, gay e lésbica, pobre ou rico
Assim como Ele amou...
Dai o irmão teve a certeza
Que Aquele velho era Cristo
Voltou correndo pra praça
E o velho já tinha ido
Mas lhe deixou a mensagem
Que o irmão guardava agora
Pro resto de sua vida...
" Que mesmo ele sendo crente
Trate gente como gente,
sem condição social
se livre do preconceito
Pois todo mundo é igual
Que seja mais consciente
E não julgues nunca mais
Porque o julgo é de Deus
pregue sempre Amor e Paz "

SILVIO ROMERO BARBOSA LEITE