quinta-feira, 5 de março de 2020

PLATÔNICO II

Eis que o amor mais uma vez me bate à porta
E com a fé quase morta
Resolvi acreditar mais uma vez
No mais nobre sentimento
E não imaginaria
Nem se quer por um momento
Que a força desse amor
Quebraria meus conceitos
Me apontaria defeitos
Até então para mim desconhecidos
E eramos ela e eu degladiando-se comigo
Numa batalha entre três
Um amor mais que perfeito
Mas nunca correspondido
Em um grandioso conflito
Ela já havia me vencido
Mas em minha introspecção
Estava só começando
Uma guerra incessante
Entre mente e coração
Eram emoção e razão
Em uma luta constante
Coração dizendo sim
E a razão sempre não
Não deve se apaixonar
Não merece confiança
Mas coração se rendeu
Depositou esperança
Em quem nunca mereceu
Fechei novamente a porta
Perdi a fé por completo
Amar é bom eu confesso!
Mas se torna até indigesto
Só quando um tem amor.


SILVIO ROMERO BARBOSA LEITE

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